Estilos de documentário: quais são eles?
- Fernanda Ramalho
- 20 de jan. de 2023
- 3 min de leitura
Os documentários são cada vez mais vistos por aí. Principalmente por conta dos streamings. Porém, eles existem há muito tempo! Por exemplo: o primeiro filme considerado documentário data-se de 1922 e chama-se “Nanook, o Esquimó”.
Mas, esse gênero nunca foi tão visto como hoje.
Existem diversos estilos de documentários existentes, cada um com a sua maneira de mostrar a realidade. Quer entender um pouco mais sobre eles? Então continue lendo este artigo.
Os gêneros mais comuns de documentários
Há algum tempo, principalmente na década de 80 e 90, os documentários eram feitos com uma fórmula pronta. De maneira geral, eram produzidos de maneira jornalística, imparcial e mais séria, mesmo que os diferentes estilos já existissem.
Da década de 2000 para cá, algumas coisas mudaram. A internet se tornou mais acessível e as tecnologias chegaram para ficar. Por isso, mais gêneros assumiram seus lugares.
Hoje, os gêneros mais comuns são:
● Poético
● Expositório
● Observativo
● Reflexivo
● Participativo
● Performático
Vamos conhecer um pouquinho de cada um.
Estilo Poético
Subjetividade é a palavra que predomina nesse estilo de documentário. Seu objetivo é transmitir sensações, mexendo com o sentimento dos espectadores. Por conta disso, a obra é considerada mais autoral.
Alguns exemplos desse gênero são: Chuva (1929), Um cão andaluz (1928) e Koyaanisqatsi: Life Out of Balance (1982).

Estilo Expositório
Ao contrário do estilo de documentário poético, o expositório tenta transmitir uma mensagem clara e mais objetiva.
De acordo com o cineasta e crítico de cinema Bill Nichols, esse gênero “é um dos mais comumente encontrados no mercado audiovisual. Trata-se de qualquer documentário que retrate algum acontecimento, enfatizando fatos e argumentos para aquilo que o filme está narrando.”
Além disso, esse estilo traz fragmentos históricos de forma argumentativa, defendendo algum ponto de vista. Um exemplo disso é o documentário “Triunfo da Verdade (1935)”, famoso por sua propaganda nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
Outro exemplo é a série Cosmos, de 1980 e refeita em 2014.

Estilo Observativo
O objetivo desse gênero é observar o mundo real da forma como ele se mostra. Ou seja: há o mínimo de interferência possível.
Temas relacionados à natureza utilizam muito esse estilo. Assim, a câmera apenas se encontra no local para tentar capturar a realidade nua e crua.
Alguns exemplos são: A Marcha dos Pinguins (2005), Soldier Girls (1980) e a série Netsilik Eskimos (1967-1968).

Estilo Reflexivo
Esse estilo de documentário tem o objetivo de trazer um conceito a ser pensado e não um fato ou um argumento. Aqui, o documentarista convida a audiência a pensar junto com ele.
Exemplos desse tipo de obra são: Eram os deuses astronautas? (1969) e Santiago (2007).

Estilo Participativo
Nesse gênero, o documentarista acaba participando da obra, diferentemente do modo observativo. Assim, as impressões e opiniões dele fazem parte da narrativa.
Segundo Nichols, “A filmagem acontece em entrevistas ou outra forma de envolvimento mais direto. Frequentemente, une-se as imagens de arquivo para examinar questões históricas.”
Algumas obras famosas desse estilo são: Tiros em Columbine (2002), Fahrenheit 911 (2004) e Democracia em Vertigem (2019).

Estilo Performático
Por fim, temos o estilo de documentário performático, onde há dramatização e performance durante a narrativa. O objetivo é fortalecer a história que está sendo contada, deixando mais próxima da audiência.
Um exemplo muito famoso é o documentário brasileiro Ilha das Flores (1989).

Os documentários têm um futuro promissor
Como os documentários estão em crescimento, esse tipo de obra audiovisual permanece com um futuro promissor. Dessa forma, independente do estilo de documentário, essa é uma maneira importantíssima de garantir que a história seja contada.
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